Sobem sempre e continuam a subir, utilizando os outros como seu suporte de apoio. São autênticos parasitas que, não dispondo de apoio ou legitimidade própria, agarram-se aos outros desalmadamente, e, iniciam uma caminhada ao copado, com taxas de crescimento em altura, comprimento e abastança, que, faz corar de inveja qualquer Brutamontes. São muito flexíveis e normalmente não escolhem os hospedeiros, apresentando-se munidos de artilharia e astúcia suficientes que lhes permitem uma grande diversidade de mecanismos e argumentos para estarem sempre a subir. É difícil travá-los no percurso desta vontade. Extremamente difícil!! Apresentam-se normalmente com grandes níveis de diversidade e agressividade, próximo do equador, e, o processo da sua remoção ou combate é dificultado por esta mesma diversidade. Não há gente que não rogue pragas às criaturas em causa ou que não recorra ao nosso curandeirismo caseiro para minimizar os níveis de infestação provocados. Muitos indivíduos de algumas espécies em causa, são tão agressivos no seu parasitismo endémico, que, chegam a se entrelaçar ao redor dos seus hospedeiros, sufocando-os paulatinamente e provocando com isso, a morte sem dor dos mesmos. E eles riem
riem e voltam a rir, lá do cimo do copado onde se instalaram, como deuses da natureza. Uma vez ai, precisam de mais suportes, quanto mais altos melhores, estabelecendo ligações perigosas e faustosas com outros copados. Se os hospedeiros caírem, eles estão condenados a caírem com os mesmos.
Todos sabemos que, os hospedeiros carregados das fanáticas e parasitárias criaturas, crescem mais lentamente e produzem menos sementes e frutos saudáveis, do que, os hospedeiros desprovidos das mesmas. No entanto, ninguém faz nada ou recomenda a remoção destas assassinas parasitas.
Qual é a relação que tudo isto tem com a política ou sociedade Sãotomense?? Nenhuma!! Pois como viram na foto acima, estava a dissertar ou escrever sobre as LIANAS
UM POEMA COM LÁGRIMAS
Há-de nascer de novo o micondó:
exacto, perfeito
no centro do quintal.
À meia-noite
quando as bruxas emigrarem
para ocás imaginários
e o cucucu piar pela última vez
na junção dos caminhos.
Sobre as cinzas contra o vento
bailarão ao amanhecer
ervas e fetos e uma flor de sangue
cabaças de milho hão-de florir nas pupilas dos velhos
e não mais sonharão as crianças
com gatos pretos e águas turvas
porque a força do marapião
terá voltado para espantar o mal.
Lianas abraçarão na curva do rio
o queixume dos mortos
quando a primeira mulher
lavar as tranças no leito ressuscitado.
Reabitaremos a casa
nossa intacta morada.
Conceição Deus Lima S.Tomé e Príncipe
. Bons e Maus Chefes de Coz...
. A Ilusão do Poder de Sãm ...
. O Festim Carnicento dos “...
. Branco mas Pouco Transpar...
. O Curandeiro, o Médico e ...
. Um Príncipe Quase-Perfeit...
. Mexer no Sistema para Mud...
. Os Aprendizes de Feiticei...
. Maxibim