Periodicamente surgem notícias que abalam a credibilidade dos políticos nacionais. Recentemente dois casos mereceram a atenção e discussão pública: a) o Presidente do Tribunal de Contas recebeu um automóvel novo para seu uso pessoal, de acordo com a actividade pública que exerce, no valor de 45 mil Euros, segundo alguma imprensa;
b) foram distribuídos apartamentos, e segundo se diz, a maioria dos contemplados são políticos, ex-governantes, actuais governantes, etc. Estas duas notícias passariam despercebidas, se, o contexto socioeconómico não fosse de aperto rigoroso para a generalidade dos Sãotomenses, e se, a conduta, métodos e prática institucional e dos detentores de cargos políticos, denunciasse alguma transparência. Num contexto de aperto e dificuldades de natureza económica e financeira, percebe-se mal, que, um titular de cargo público, neste caso, o Senhor Presidente do Tribunal de Contas, tenha um privilégio que choca com o discurso de austeridade proclamado pela generalidade dos governantes, e que, suporta a essência intransigente do governo em negociar com os sindicatos da função pública. Que moralidade terá o governo para dizer aos sindicatos da função pública, que, o país não está em condições de suportar as suas exigências, depois de contemplar o Senhor Presidente do Tribunal de Contas com um automóvel deste calibre e custo?? Relativamente aos apartamentos, distribuídos de forma avulsa e irresponsável aos políticos, percebe-se também mal, a motivação, na medida que, alguns destes políticos contemplados com os referidos apartamentos, já usufruem de casas do Estado. Como é que se pode conquistar a confiança dos cidadãos nas instituições da República, com este tipo de comportamentos predatórios ?? Torna-se urgente que a Assembleia Nacional reforce e aprofunde o sistema de controle da riqueza e dos interesses dos titulares de cargos políticos, elaborando e aperfeiçoando legislação que vise dotar a vida pública de alguma transparência. A confiança dos cidadãos no nosso sistema político democrático, na qualidade do seu funcionamento, depende em larga medida, da possibilidade efectiva de avaliação pública das actividades e dos interesses que os nomeados ou eleitos para os cargos públicos detêm.
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